Enquanto a torcida sonha com Cristiano Ronaldo, a realidade bate à porta: o Botafogo não honrou um acordo firmado no começo do ano. A contratação de Wendel, anunciada pelo clube em 26 de janeiro, foi cancelada na manhã desta quarta-feira.
O Alvinegro alegou "questões geopolíticas" como justificativa para a quebra do contrato com o Zenit, da Rússia. Porém, os clubes fizeram dois negócios no início da temporada: a venda de Luiz Henrique para o time russo e a compra de Artur pelo Alvinegro.
Em fevereiro do ano passado, o clube de São Januário teve acordo firmado com Du Queiroz, então no Zenit, mas não pôde finalizar a transação porque à época era controlado pela 777 Partners. Ou seja, a questão sobre a sanção do Zenit não é novidade no mundo do futebol.
A empresa de John Textor, dono da SAF alvinegra, passa por complicada situação financeira, principalmente pelo Lyon, time do empresário na França. O OL precisa apresentar garantias financeiras de 100 milhões de euros ao DNCG (Direção Nacional de Controle e Gestão, um órgão de finanças do futebol francês) até o fechamento desta temporada.
O contexto do Lyon é importante porque todos os clubes da empresa multi-clubes operam em sistema de "caixa único". Internamente, alguns diretores da Eagle - que não têm envolvimento direto com o Botafogo - não viam com bons olhos gastar 20 milhões de euros em um jogador de 27 anos que não tinha grandes chances de lucro em uma eventual venda no futuro. A palavra final nas transações, vale ressaltar, era sempre de John Textor e dos dirigentes do Alvinegro - esses, sim, acreditavam no potencial do atleta.
Wendel tem uma lesão no músculo adutor da coxa direita e vinha trabalhando em três períodos para voltar à tempo da Copa do Mundo de Clubes. Havia até um acordo para ele não voltar mais à Rússia, mas agora a tendência é que o jogador retorne a São Petersburgo.
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